Ocorrido em dezembro, no bairro São João, em Dois Irmãos, o homicídio de Deoclides de Souza, de 56 anos, segue sendo investigado pela Delegacia de Polícia do município. Identificado como autor do crime, um homem de 48 anos está preso desde o dia 26 de dezembro, dia seguinte à localização do corpo da vítima, que foi morta a pedradas. Vítima e acusado é do bairro onde ocorreu o fato.

De acordo com o delegado Felipe Borba, o inquérito deve ser encerrado em breve, com o indiciamento do autor do crime por homicídio qualificado. A qualificadora deve ser o meio cruel. O homem tem antecedentes por ameaça, lesão corporal, estupro de vulnerável, roubo, furto e porte de arma branca.

A polícia aguarda o resultado da perícia, que apontará a causa da morte de Deoclides. Segundo o delegado Borba, também é preciso esclarecer alguns detalhes sobre a dinâmica do fato, assim como descartar definitivamente a participação de outras pessoas no crime.

Relembre o caso

O corpo de Deoclides de Souza foi localizado por um pescador no dia 25 de dezembro, em uma área de mata às margens do Arroio Feitoria, na altura da rua Rio de Janeiro. Segundo a polícia, estava com sinais de golpes com faca na região dos braços e de traumatismo craniano provocado com o emprego de uma pedra.

De acordo com o delegado Borba, o autor do crime foi identificado na manhã do dia 26 de dezembro e a sua prisão ocorreu horas depois, também no bairro São João. À polícia, o homem confessou a prática do crime, alegando que perdeu o controle em razão do seu estado de embriaguez no momento do fato. “A investigação demonstrou que o crime ocorreu por volta das 13h do dia 23 de dezembro, apesar de o corpo ter sido encontrado apenas na tarde do dia 25”, acrescenta o delegado.

Durante o depoimento, o homem relatou que ele e sua companheira estavam fazendo churrasco no local e que Deoclides também estava lá. Em determinado momento, a vítima teria pegado uma das facas do acusado, o que teria motivado uma discussão e as agressões físicas que causaram a morte de Deoclides. “Ele reconheceu que perdeu a cabeça”, relata o delegado, contando que o homem afirmou que a vítima ainda estava viva quando desferiu as pedradas na região da cabeça. “Ele relatou que queria evitar que a vítima contasse às pessoas sobre a discussão”, destaca Borba, ressaltando que o homem alega que a sua companheira já havia ido embora quando o crime ocorreu.

Segundo apurado pela polícia, o homem contou para pessoas próximas que havia matado Deoclides. FONTE: JORNAL DOIS IRMÃOS