O dissídio dos servidores públicos municipais de Dois Irmãos fechou em 6,16%. A proposta apresentada pela prefeitura prevê inflação de 4,97% (média dos índices INPC e IPCA) e aumento real de 1,19%. Além disso, o vale-alimentação passará de R$ 26,26 para R$ 30,30 por dia trabalhado. O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Dois Irmãos (SISPUMUNDI) havia pedido 9,16% e vale de R$ 36,36.
Pouco antes do meio-dia desta quarta-feira (19), o secretário executivo do sindicato, Bruno Rodriguez, confirmou que a proposta da administração municipal foi aceita.
– Além disso, nós pautamos um pedido para a inclusão dos trabalhadores das escolas, que são merendeiras, secretários e monitores, nos recessos escolares iguais aos professores. Infelizmente, não tivemos procedência nesse pedido, mas o prefeito apresentou uma forma de compensação de horários, caso eles queiram tirar o recesso. E sobre a questão de mais segurança nos postos de saúde e no CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), fomos atendidos: vai ter um segurança durante todo o período em que o CAPS estiver aberto, assim como agora nos horários do trabalhador os postos também vão ter segurança – destacou Bruno.
Manifestação na Câmara
Na segunda-feira (17), o presidente do SISPUMUNDI, Álvaro Rabaioli, esteve na Câmara de Vereadores para tratar do dissídio. Além de solicitar uma nova proposta por parte da administração, ele manifestou contrariedade com os índices de inflação utilizados no cálculo.
– O município pegou os dois mais baixos (IPCA e INPC). O servidor quer o retorno do IGP-M no cálculo da média. O município deixou de trabalhar com o IGP-M em 2021, segundo ano da pandemia, quando esse índice ficou em um percentual muito alto. O IGP-M é o mais necessário, pois é o que corrige aluguéis e vários serviços; é o que mais fere o trabalhador, e o município vem desconsiderando esse índice – disse ele.
Segundo Álvaro, a prefeitura teria condições de atender ao pedido dos servidores.
– Na questão da responsabilidade fiscal, de despesa com pagamento de salários, o município está muito bem. No ano passado, nessa época do dissídio, Dois Irmãos estaria investindo ou gastando em torno de 40% com pagamento de salários. Foi dado 7,18% de reajuste em março, e nós chegamos agora a março deste ano e a folha não aumentou nada – declarou.
Base governista justifica
De acordo com Elony Nyland (MDB), presidente da Câmara, a folha já vai para 45% com o reajuste proposto pelo Poder Executivo. O vereador Ederson Bueno (MDB) destacou o impacto da proposta da prefeitura nas contas públicas.
– Seria R$ 630 mil por ano no vale-alimentação. Se o reajuste fosse fechado em 6,16%, proposta inicial da prefeitura, passaria de R$ 81 milhões por ano para R$ 90 milhões, acréscimo de pouco mais de R$ 9 milhões. Nosso orçamento hoje está em R$ 195 milhões – destacou o parlamentar. FONTE JORNAL DOIS IRMÃOS
