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Caninana surpreende ao aparecer em bairro de Dois Irmãos; saiba se animal é peçonhento
Publicado em 29/03/2025 02:33
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Na última semana, uma cobra caninana foi encontrada no bairro Vale Verde, em Dois Irmãos, “passeando” e procurando por comida

O animal, com aproximadamente 1,5 metros, foi identificado com a ajuda da bióloga Ivana Soligo Collet, que explicou que há aumento da atividade das serpentes durante o outono. Segundo ela, neste período as cobras intensificam a busca por alimento antes do período de hibernação, o que exige atenção da população, principalmente em áreas rurais. Mas ela tranquiliza: a caninana é inofensiva. Ela pode até morder, mas não é peçonhenta. Alimenta-se principalmente de roedores e pequenas cobras.

Mas diante da oportunidade de informar a população, a bióloga explicou que, durante essa estação, répteis procuram consumir o máximo de alimento possível para garantir reservas nutricionais antes do inverno. “Nesta época, elas ficam mais agitadas que o normal porque precisam comer muito até o inverno para garantir nutrientes no período da hibernação“, destacou.

Segundo ela, o fenômeno aumenta a incidência de cobras em ambientes urbanos e rurais – o que exige, sim, atenção redobrada. “Agora as pessoas, principalmente no interior, têm que tomar muito cuidado. Outono é a época que as cobras estão por tudo”, alertou.

Medidas de prevenção e importância ecológica

Para evitar incidentes, Ivana recomenda o uso de botas em locais com vegetação densa. “Quando vou para o mato fazer algum laudo, eu uso botas nesta época“, exemplificou. Além disso, reforçou a necessidade de conscientização sobre o papel ecológico das serpentes. “Cobras são animais muito importantes no controle de pragas, como ratos, que transmitem leptospirose. Pessoas morrem muito mais de leptospirose do que por picada de cobra“, explicou.

A presença de serpentes costuma gerar medo, mas Ivana acredita que há maior compreensão sobre a necessidade de preservação desses animais. “Sempre uma cobra mexe com as pessoas porque tem aquela coisa ao mesmo tempo de pavor, mas acho que hoje em dia já está mais disseminada a importância de manter as cobras vivas e respeitar o espaço delas“, observou. FONTE JORNAL O DIARIO

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