Nascido em Lagoa Vermelha, no interior gaúcho, em 17 de janeiro de 1973, Dilamar Tadeu do Amaral chegou a Dois Irmãos ainda pequeno, com apenas 3 anos de idade, em março de 1976. Acompanhado dos pais, migrou em busca de oportunidades, atraído pela presença de um irmão que já vivia no município.
Hoje, sete anos depois de abraçar a profissão de motorista de aplicativo – desde 2018 –, Dilamar calcula já ter transportado mais de 30 mil passageiros em plataformas como Uber, 99 e BlaBlaCar. Mas o caminho não tem sido fácil. Entre os principais desafios, ele destaca a imprecisão na localização dos clientes, um problema recorrente que exige paciência e jogo de cintura.
Em 2022, viveu um dos momentos mais aterrorizantes de sua nova carreira: foi vítima de um assalto e teve o carro levado. O episódio marcou sua rotina, fazendo-o adotar medidas rigorosas de segurança. Hoje, seu veículo conta com câmeras de monitoramento e ele só aceita corridas com código de segurança e pagamento via cartão – principalmente fora de Dois Irmãos. Além disso, avalia criteriosamente as notas dos passageiros antes de confirmar o serviço.
Versátil e empreendedor, Dilamar não se limita ao transporte de pessoas. Seu carro também serve como uma loja itinerante, onde vende perfumes e cosméticos, os itens mais procurados pelos clientes. E, para quem pensa que ele recusa viagens com pets, engana-se: aceita animais, especialmente os de pequeno porte, desde que devidamente acomodados.
Com uma jornada diária que começa às 7h e pode se estender por até 11 horas, Dilamar se adapta a horários fora dos aplicativos para atender a demanda. Seu público é diverso: universitários, empresários, médicos e advogados, em sua maioria entre 35 e 40 anos, compõem o perfil mais frequente de passageiros.
Acima de tudo, o que move Dilamar é a satisfação do cliente. “A maior alegria da profissão é ver o passageiro contente”, afirma. E completa, destacando outro aspecto que valoriza: a troca de simpatia durante as viagens, pequenos gestos que transformam um simples deslocamento em um momento humano e acolhedor.
Uma história de resiliência, adaptação e, sobretudo, paixão pelo que faz. FONTE JORNAL DOIS IRMÃOS