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“Incluir”: Um podcast que dá voz à diversidade e à inclusão
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Publicado em 02/07/2025 04:31
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Com a intenção de evidenciar cada vez mais as pessoas pertencentes a grupos minorizados, o jornalista e radialista Anderson Dilkin, 33 anos, criou o podcast “Incluir”. Trata-se de um projeto que contou com a aprovação em edital da Lei Aldir Blanc, conta com a produção de Jayme Dias Magalhaes Neto, 33 anos, e abordará assuntos relacionados aos deficientes, mulheres, negros e a saúde mental, com participação de convidados.

Com estreia prevista para julho, “Incluir” terá quatro episódios publicados semanalmente, levando ao público histórias que inspiram e conscientizam. O projeto, que começou a ser desenvolvido em fevereiro, foi gravado em um único dia na A+ Coworking, que já conta com a estrutura necessária.

Segundo Anderson, a produção, no entanto, não foi simples. Desde a seleção dos convidados, planejamento de gravações, até o estágio da edição, cada etapa exigiu muito cuidado e estudo. “Por mais que seja pensado para ser uma ideia simples, um podcast não deixa de ser algo complicado de pôr na prática”, afirma ele.

A convidada do primeiro episódio é Maria de Lourdes, 71 anos, deficiente visual, formada em Pedagogia e hoje aposentada. Segundo Anderson, que é cego, e Jayme, que tem baixa visão, além dos relatos da convidada, eles trouxeram algumas experiências. “Não apenas falamos sobre deficiências visuais, mas também de diferentes tipos de inclusão para demais deficientes”, enfatiza.

No segundo bate-papo, Anderson abordou as principais dificuldades que as mulheres enfrentam no cotidiano, especialmente conciliando carreira e vida pessoal. As convidadas foram a maratonista e engenheira civil Cristiane Pauletti, 47 anos, e a atriz, professora de teatro e secretária de Desenvolvimento Econômico, Cultural, Turístico e Rural de Morro Reuter, Thaís Backes, 32. “Foi uma conversa ótima e muito descontraída. O podcast ‘Incluir’ é importante para manter em foco assuntos que carecem de uma mudança cultural”, salienta Cristiane.

Já o terceiro episódio, traz as experiências da ex-prefeita Tânia da Silva, 61 anos, e do fotógrafo Wesley Saccol, 27, que debateram sobre como muitas pessoas negras ainda sofrem com o preconceito e o julgamento. Wesley, que há oito anos se dedica à fotografia, relata ter apreciado o diálogo, e reforça a importância da temática. “A conversa foi bem produtiva e bem bacana, não só pelos participantes, mas também pelo tema em si, que tem recorrência e está presente em todo e qualquer lugar. Trouxemos nossa visão para engrandecer um assunto que merece ser visto”, esclarece o fotógrafo.

E para concluir a série de episódios, os psicólogos Wilson Vieira, 78 anos, e Elisandra Bremm, 50, abordaram saúde mental. De acordo com Anderson, no passado o tema era subjugado e tratado como besteira, por isso ele entendeu ser uma pauta importante de ser abordada. “Muitas pessoas, principalmente antigamente, agiam como se depressão e ansiedade fossem frescura. O pensamento ainda existe hoje, e precisamos acabar com ele”, diz Anderson.

Wilson, por sua vez, comenta que muitas pessoas ainda não reconhecem a importância do bem-estar psicológico. “O bate-papo foi muito bom, porque falar sobre saúde mental é falar de saúde como um todo, não apenas por áreas ou especialidades”, complementa o psicólogo. JORNAL DOIS IRMÃOS

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