Isaque Berger da Silva tem oito anos e já passou por seis cirurgias. Usa cadeira de rodas desde pequeno. Não caminha, não fica em pé, não tem força nos membros. Mas participa das brincadeiras, joga bola com os amigos, vai à escola todos os dias e leva uma vida ativa.
Como ele faz isso? Através da sua força interna que não tem limites. Do jeitinho dele, ele desenvolve diversas atividades.
“Ele sempre fez tudo que os colegas fazem. Às vezes os amigos até brincam como ele brinca”, conta a mãe, Ana Paula Terterola, de 47 anos. Ela afirma que o pequeno é motivo de orgulho para ela e o pai Ricardo da Silva, 59.
Isaque não se limita. Rola no chão se necessário para chegar onde precisa. Mas nunca desiste. E, agora, há uma chance em potencial para ter uma vida com ainda mais independência.
Isaque com a mãe e o pai.
Artrogripose
Morador de Dois Irmãos, Isaque nasceu com artrogripose, uma síndrome rara e sem cura, que afeta músculos e articulações, especialmente nas pernas e braços. Por isso, precisa de uma nova cadeira de rodas adaptada e de uma cirurgia que, embora não traga mudanças imediatas, pode ser o início de uma grande virada em sua mobilidade.
A campanha lançada pela família carrega um nome direto e simbólico: “Rifa do Isaque – Meu primeiro passo”. O objetivo é arrecadar R$ 47.500 — sendo R$ 13.500 para a cadeira motorizada e R$ 34.000 para a cirurgia.
Cirurgia não é fornecida pelo SUS
A operação foi indicada por dois especialistas, um em Porto Alegre (Hospital Moinhos de Vento) e outro em Londrina, ambos com conhecimento específico na síndrome. O procedimento envolve a colocação de uma plaquinha e um parafuso na frente dos joelhos. Isso vai bloquear o crescimento da parte frontal das pernas, enquanto a parte traseira segue se desenvolvendo. Em dois a três anos, a placa será retirada. Com o crescimento dos músculos e tendões, será possível corrigir o quadril e permitir que ele consiga esticar as pernas.
“É um processo demorado, e ele não sai da cirurgia com nenhuma mudança visível. Mas é o primeiro passo”, explica Ana Paula. “Só depois da retirada da placa é que as pernas poderão ficar retas.”
A cirurgia não está disponível pelo SUS. Tampouco a cadeira de rodas que Isaque precisa — um modelo específico, que ofereça estabilidade e conforto para o dia a dia e também para o pós-operatório.
Rotina com apoio e autonomia
Isaque é filho único. Conta com acompanhamento de uma professora auxiliar na Escola Imaculada Conceição, onde estuda no segundo ano. Precisa de ajuda para ir ao banheiro e, às vezes, para comer, já que tem dificuldade para levar a mão até a boca. “Mesmo assim, ele come sozinho quando consegue. E nunca foi tratado com diferença. A escola sempre acolheu, desde a creche”, diz Ana Paula.
Além da escola, faz fisioterapia duas vezes por semana. “A gente sempre buscou tudo o que pudesse garantir mais autonomia para ele. Sempre estivemos atentos, buscando alternativas e fazendo o que estivesse ao nosso alcance.”
Como ajudar
Para arrecadar os recursos necessários, a família organizou uma rifa solidária. Os prêmios são de R$ 3.000 (1º lugar), R$ 1.000 (2º lugar) e R$ 500 (3º lugar). O sorteio será no dia 15 de junho de 2026. Cada número custa R$ 10. A chave Pix para contribuições é 05870752019, no nome de Isaque Berger da Silva.
“É uma chance concreta de dar ao Isaque o primeiro passo em direção a uma vida com mais independência”, diz a mãe. Quem tiver dúvidas também pode entrar em contato com a família pelo 051 99194-1950. “Juntos vamos conseguir”. FONTE JORNAL O DIARIO
